Novo papa não tem intimidade com os meios digitais mais
modernos.
O perfil de Jorge Bergoglio dá algumas pistas de como será o seu período à frente da Igreja. Especialistas apostam em um Papa próximo do povo, mas não muito ligado às novas mídias.
Logo depois que o Papa Francisco apareceu na sacada da Basílica de São Pedro, a conta do vaticano no Twitter, que estava parada desde que Bento XVI renunciou, voltou a funcionar: “Habemus Papam Franciscum”. Em latim: “Temos Papa Francisco”.
Vai ser uma experiência nova para o primeiro Papa latino-americano. Ele não está presente nas redes sociais. Depois que foi eleito, descobriu-se que as contas no nome dele eram falsas.
Ao contrário do que a mídia esperava, não é um administrador nem tem intimidade com os meios digitais mais modernos, não é um Papa high-tech.
O historiador católico Thomas Cahill ficou surpreso com a escolha do conclave: um pastor humilde, modesto, e preocupado com os mais pobres.
O historiador destaca que, pela idade, certamente Francisco não será o missionário-em-chefe que muitos esperavam, viajando incansavelmente pelo mundo como João Paulo II.
O mais provável é que, do Vaticano, o novo Papa mude os rumos da Igreja, aproximando-a mais dos fiéis. E, como João XXIII, ele mesmo dará o exemplo, levando uma vida discreta como fazia em Buenos Aires.
Cahill escreveu a biografia de João XXIII e vê muita semelhança entre ele e Francisco: um homem simples, que parece incomodado com a pompa do Vaticano e teve a humildade de, em seu primeiro pronunciamento, em vez de abençoar os fiéis, pedir que eles o abençoassem.
O Papa João XXIII revolucionou a igreja, convocando o Concílio Vaticano Segundo, que acabou com a missa em latim e fez muitas mudanças. A indagação é se Francisco fará, como João XXIII, a convocação de todos os bispos ao Vaticano para repensar a missão da Igreja. Se ele decidir fazer o Terceiro Concílio do Vaticano, será o começo de uma era de renovação na Igreja Católica.
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